Da Folha de S.Paulo – Davi Friedlander
Investigadas sob a suspeita de que pagaram propina para conseguir contratos na Petrobras, na Caixa Econômica Federal e no Ministério da Saúde, as agências de publicidade Borghi Lowe e FCB assinaram sexta (16) um acordo de leniência com os procuradores da Operação Lava Jato.
As empresas, que pertencem à multinacional americana Interpublic, confirmaram o esquema de corrupção e concordaram em devolver ao governo R$ 50 milhões referentes ao lucro obtido nos últimos cinco anos com contratos irregulares, segundo apurou a Folha.
Além disso, as agências vão fornecer às autoridades o resultado de suas auditorias internas. O material relata o envolvimento de altos funcionários da Caixa Econômica e do Ministério da Saúde e responsabiliza pelo esquema o ex-diretor-geral da Borghi em Brasília Ricardo Hoffmann, hoje preso em Curitiba.
O grupo Interpublic não quis comentar os termos do acerto, mas afirmou por meio de nota que o "acordo entre as agências e o Ministério Público Federal no Paraná está relacionado a um ex-funcionário que violou o código de ética do grupo. Continuamos nossos esforços para chegar a um acordo com outros órgãos governamentais".Com o acordo, que ainda precisa ser homologado pela Justiça, as empresas e seus presidentes se livram de processos por corrupção. As empresas também negociam um acordo com a CGU (Controladoria-Geral da União).
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