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Cunha diz que decisão sua sobre impeachment deve sair em novembro

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil
Da Folhapress
Um dos principais suspeitos de participação no esquema de corrupção da Petrobras, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta segunda-feira (26) que deverá anunciar em novembro uma decisão sobre se dá ou não sequência ao principal pedido de impeachment contra Dilma Rousseff.
Ele disse ter feito uma “boa leitura” no final de semana do pedido, que é assinado pelos advogados Hélio Bicudo (ex-integrante do PT), Miguel Reale Júnior (ex-ministro da Justiça de Fernando Henrique Cardoso) e Janaína Paschoal.
“Passei estudando bem pedido esse principal e estou cobrando o parecer das assessorias para que eu possa formar o juízo. Obviamente que não conclui a leitura no fim de semana, mas fiz uma boa leitura deles. Tentarei ser o mais rápido possível, dentro do juízo da convicção. Vou ver se consigo fazê-lo no curso do mês de novembro.”
Nos bastidores, Cunha tem usado essa decisão nas negociações tanto com governo quanto oposição na tentativa de não perder o cargo e o mandato. Os dois lados tentam influenciar sua decisão, cada qual em uma direção.
Ele nega essas articulações e continua dizendo que trabalha para que o PMDB abandone o governo. Diz, inclusive, que está fazendo sondagens internas sobre a possibilidade de o partido voltar atrás e confirmar para novembro convenção com o objetivo de discutir a permanência na aliança dilmista.
ORÇAMENTO
Ao repetir que não acredita que o Congresso aprove a volta da CPMF, o peemedebista também voltou a criticar a gestão das contas públicas, em referência à estimativa do governo de déficit primário de R$ 50 bilhões em 2015.
“É bom colocar esses números em seus devidos lugares. O governo começou o ano falando em superavit de 1,13% do PIB. Em julho, mandou um projeto mudando essa meta para 0,15%. Ou seja saiu de um superavit de R$ 70 bilhões para R$ 8 bilhões. Agora é déficit de R$ 50 bilhões.
Estamos falando de um rombo de R$ 120 bilhões, isso fora o pagamento das chamadas pedaladas, então a conta é cara e polêmica”, afirmou.

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