Pular para o conteúdo principal

Moro cobra ações do poder público contra corrupção

Em palestra em São Paulo, o juiz responsável pela Operação Lava Jato, Sergio Moro, cobrou ações do poder público contra a corrupção. Depois de mandar "um recado" aos empresários, dizendo "não paguem propina", Moro disse que lhe causa angústia ver que a Lava Jato, que deveria servir de propulsor para mudanças mais profundas por parte do poder público, não tenha efetivamente deflagrado ações de combate à corrupção no País.
Aos empresários presentes ao evento da The Economist, o Brazil Summit, o juiz disse que não fiquem só esperando as mudanças do setor público, lembrando que há todo um movimento empresarial na área de compliance. "Há um contexto global a ser considerado quanto à corrupção, existe transparência internacional e a possibilidade de brasileiros serem descobertos (em atos ilícitos lá fora)."
Ele voltou às críticas com relação à falta de vontade do poder público em assumir "uma iniciativa relevante em matéria de aprimoramento da legislação de combate à corrupção".
Moro cobrou: "Não seria este o momento de se tomar as iniciativas? Mas de maneira efetiva, não apenas no discurso? Se perde um bom momento de mudança, o Congresso (Nacional) deveria ser pressionado pela opinião pública (para essas mudanças)". E emendou: "Não se pode confiar só no poder público, mas este seria um bom momento para ele ser pressionado."
Nas perguntas da plateia, Moro foi questionado se tinha planos de entrar na política. "As propensões políticas não estão no meu horizonte e eu falo francamente sobre isso", respondeu.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Mapa das facções em presídios brasileiros

'Fi-lo porque qui-lo': aprenda gramática com frase histórica de Jânio Quadros

FI-LO PORQUE QUI-LO                       Vamos lembrar um pouco de história, política e gramática?                     O ex-presidente Jânio Quadros gostava de usar palavras difíceis, construções eruditas, para manter sua imagem de pessoa culta. Diz o folclore político que, ao ser indagado sobre os motivos de sua renúncia, em 1961, teria dito: "Fi-lo porque qui-lo".                     Traduzindo para uma linguagem mais acessível, mais moderna, ele quis dizer "fiz isso porque quis isso", ou, simplificando, "fiz porque quis".                     Esse "LO" nada mais é que o pronome oblíquo "O", que ga...

Vimos ou viemos à reunião?

Nós VIMOS ou VIEMOS à reunião? Muita gente tem dúvida na hora de flexionar o verbo VIR. Quer um exemplo: Como você diria: “Nós VIMOS ou nós VIEMOS à reunião?” A resposta é: depende. Sim, depende do tempo a que nos referimos. A forma VIMOS é do presente do indicativo. Por exemplo:  “VIMOS, por meio desta, solicitar..." (o verbo VIR está na 1ª pessoa do plural, no presente do indicativo); A forma VIEMOS é do pretérito, do passado. Exemplo: "Ontem nós VIEMOS à reunião." (o verbo VIR está também na 1ª pessoa do plural, mas desta vez no pretérito perfeito do indicativo). Muita gente evita usar o presente, porque a forma VIMOS é, também, o passado do verbo VER: "Nós o vimos ontem, quando saía do escritório".  Para não ter dúvidas sobre qual é o verbo que está sendo usado (o VIR ou o VER), ponha o verbo no singular. Veja: “VENHO, por meio desta, solicitar...” (essa é a 1ª pessoa do singular, em vez de VIMOS, 1ª do plural); “Eu o VI ontem, quando saía do escritório” (e...