Até então soberano no comando nacional do PMDB, o vice-presidente da República, Michel Temer, pode estar com os dias contados no posto de principal timoneiro da legenda. Reportagem do jornal O Estado de S.Paulo mostra que integrantes do partido no Senado já defendem nos bastidores a substituição de Temer. Fator que contribui para esta articulação foi o adiamento, de novembro para março de 2016, do encontro que decidiria a permanência do PMDB na base do governo da presidente Dilma Rousseff.
"Senadores do PMDB consideram que, após quase 15 anos de comando de Temer, ligado à bancada da Câmara, é preciso um rodízio na cúpula", diz o texto do jornal paulista. Quem está de olho na cadeira de Temer é o senador Romero Jucá (RR), que tem apoio de colegas para suceder Temer. A insatisfação com o vice-presidente tem a ver com Eduardo Cunha (RJ).
Alguns peemedebistas acusam o presidente da Câmara de ser o responsável por vazamentos de trechos das investigações da Operação Lava Jato que respingaram no presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e no senador Jader Barbalho (PMDB-PA). Seria uma estratégia de dividir o foco das acusações e assim se manter no cargo.
Tirar Temer do comando do partido também significaria mostrar que o PMDB terá candidato próprio ao Planalto em 2018. Peemedebistas mais radicais afirma que no encontro do partido em novembro vão surgir ataques pesados contra a presidente Dilma.
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