Veja as coisas antigas como se estivesse vendo pela primeira vez.
Olhe para o que lhe é familiar com especial curiosidade.
Ao chegar em casa, aja como se estivesse vendo a casa pela primeira vez. Vai se impressionar com o nível de detalhes que vai perceber.
Faça isso com o seu carro, com o seu cachorro, no clube, em qualquer lugar, com qualquer coisa.
Isso vai te ajudar a apreciar as coisas que você já tinha se acostumado e deixado de apreciar.
Nós temos uma tendência, por sermos sobreviventes, de colocar as coisas no automático.
As coisas que não são ameaçadoras deixam de chamar nossa atenção, os recursos alimentares que estão na geladeira não vão sumir, e a casa confortável vai estar lá quando eu chegar.
Tem um lado positivo, mas também um negativo.
Tudo que gira em nossa volta merece ser desfrutado nos mínimos detalhes.
Se não percebermos os detalhes, acabamos querendo mais do que já temos, o que parece absurdo, mas acontece todo momento. Compramos o que já temos e nem bem desfrutamos.
É de novo a roda hedônica que não tem fim. É o ratinho correndo em círculos dentro da gaiola.
Se exercitarmos o princípio da novidade, vamos dar vida longa ao que já temos. Vamos apreciar mais o que já temos.
A vida é abundante, e nem precisamos procurar tanto para saciar a nossa vontade e satisfação.
O nosso cotidiano é rico em experiências que merecem ser desfrutadas nos detalhes.
Preste atenção no seu jardim, uma rosa que acaba de desabrochar. Se debruce para sentir o aroma. Perceba os novos brotos surgindo na mangueira. Sinta o cheiro da chuva caindo sobre o terreno.
Perceba a novidade no que já é velho e familiar.
E de quebra, evite se encher de tanto entulho consumista. Vai saborear mais a vida, e vai sair mais barato.
Rubens Sakay (Beco)
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