Pular para o conteúdo principal

Temporada de caça ao dinheiro dos fundos de pensão e aposentadoria estatais

Foto: reprodução da Internet
Por Raul Jungmann (PPS), deputado Federal
Como membro da CPI dos Fundos de Pensão, estou cada vez mais espantado com a irresponsabilidade com que alguns membros do Governo Federal partiram para cima do dinheiro dos funcionários, aposentados e pensionistas das estatais.
São diversos indícios de incompetência e de desvios de conduta, especialmente nos grandes fundos: Funcef (Caixa Econômica), Previ (Banco do Brasil), Postalis (Correios) e Petros (Petrobrás).
Apenas esses quatro fundos reúnem um patrimônio de R$ 300 bilhões e representam uma das maiores reservas líquidas do Brasil. O caixa dos fundos de pensão das estatais virou um campo de caça sem regras.
Desde o início do seu primeiro governo, o presidente Lula determinou aos seus correligionários oriundos dos sindicatos dos bancários de São Paulo que assumissem o controle dos fundos de pensão das estatais.
Personagens ilustres como Berzoini, Palocci, Gushiken (falecido), Barusco, Vaccari e Youssef, famosos por suas atuações no Mensalão e no Petrolão, reaparecem também nos descaminhos dos fundos de pensão.
É frequente encontrarmos também, nos negócios mal feitos dos fundos de pensão, outras estrelas, como Camargo Corrêa, OAS e Odebretch.
Nesse contexto, tenho procurado identificar as ligações estabelecidas entre os dirigentes dos fundos de pensão, empresas e instituições financeiras na realização de investimentos duvidosos com o dinheiro desses fundos.
Tem sido frequente a ocorrência de prejuízos bilionários, acarretando fechamentos anuais negativos nos balanços dos fundos estatais na ordem de bilhões de reais.
São investimentos que desconsideram as análises de risco e de retorno recomendadas pelo mercado e pela legislação, realizados em empresas como a famigerada Sete Brasil Participações S.A., criada pela Petrobrás para explorar o pré-sal.
É um sistema viciado, sem controle efetivo. Os dirigentes dos fundos não respeitam as regras; o órgão fiscalizador do governo (PREVIC) faz vista grossa; a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) não tem poderes para punir; e o Congresso não entende e nem se interessa pelo assunto.
Mesmo assim, a CPI está avançando nas investigações, analisando documentos e evidências, tomando depoimentos, solicitando quebras de sigilo e se articulando com a operação Lava Jato do juiz Sérgio Moro.
Estou à disposição dos pernambucanos pensionistas, aposentados e funcionários da Caixa, do Banco do Brasil, dos Correios e da Petrobrás para prestar esclarecimentos, colher informações e combinar estratégias de apuração.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Mapa das facções em presídios brasileiros

Governo sanciona Lei de Diretrizes Orçamentárias 2018

Do G1 O governo sancionou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2018 com mais de 40 vetos. O texto, os vetos e as exposições de motivos que levaram a eles foram publicados na edição desta quarta-feira do Diário Oficial da União. A LDO de 2018 foi aprovada no mês passado pelo Congresso Nacional contemplando um rombo primário nas contas públicas de R$ 131,3 bilhões para 2018, dos quais R$ 129 bilhões somente para o governo federal. O conceito de déficit primário considera que as despesas serão maiores do que as receitas sem contar os gastos com o pagamento de juros da dívida pública. A LDO também traz uma estimativa de salário mínimo de R$ 979 para 2018, um aumento de 4,4% em relação ao salário mínimo em vigor neste ano, que é de R$ 937. Entre outros indicadores, a LDO prevê um crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,5% em 2018. A inflação estimada é de 4,5% e a taxa básica de juros deve ficar, segundo a proposta, em 9% na média do próximo ano. Mais de 40 v

Dólar opera em alta e bate R$ 4,40 pela 1ª vez na história

No ano, o avanço chega a quase 10%. Na quinta-feira, moeda dos EUA fechou vendida a R$ 4,3917. O dólar opera em alta nesta sexta-feira (21), batendo logo na abertura, pela primeira vez na história, o patamar de R$ 4,40. Às 10h52, a moeda norte-americana era negociada a R$ 4,3940 na venda, em alta de 0,05%. Na máxima até o momento chegou a R$ 4,4061.  Veja mais cotações . Já o dólar turismo era negociado a R$ 4,5934, sem considerar a cobrança de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Na sessão anterior, o dólar encerrou o dia vendida a R$ 4,3917, em alta de 0,61%, marcando novo recorde nominal (sem considerar a inflação) de fechamento. Na máxima do dia, chegou a R$ 4,3982 – maior cotação nominal intradia até então, segundo dados do ValorPro. A marca de R$ 4,40 é o maior valor nominal já registrado. Considerando a inflação, no entanto, a maior cotação do dólar desde lançamento do Plano Real foi a atingida no final de 2002. Segundo a Economatica, com a correção