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Mostrando postagens de dezembro, 2015

Resoluções de ano novo

Carlos Chagas Último dia de um ano do Capeta, feito de encomenda para a gente mudar tudo a partir de amanhã. Primeiro cuidarmos de nós: parar de fumar, comer e beber menos, fazer exercícios diários, dar mais carinho a filhos e netos, economizar, pensar na Humanidade, ler aquele monte de livros amontoados na estante, desligar a televisão, visitar as tias velhas, tratar os subordinados com respeito e os chefes com altivez. Há muito o que reformar em termos de comportamento individual. Quanto ao coletivo, mais ainda: compreensão para os erros e hesitações dos que, por ignorância, descumprem suas obrigações. Também para a incompetência dos responsáveis pelas políticas públicas. Intolerância e condenação para os envolvidos na corrupção. Desprezo para os que de má fé prometeram nas eleições o que não iriam cumprir no exercício de suas funções. Condenação à soberba e à prepotência de quantos se julgam superiores por razões de berço ou de riqueza. Rejeição de partidos, grupos e corporaçõ

Rio: mula-sem-cabeça não pode ajudar, ocupada no DF

Carlos Brickmann Falta dinheiro no Rio para cuidar dos doentes (e, em onze hospitais, até para permitir que sejam admitidos, mesmo para deixá-los no chão dos corredores). O salário dos professores da rede estadual está atrasado; nas escolas falta merenda.  Mas não falta quem aproveite a confusão para cuidar do seu. De gente que já ganha melhor ( http://www.chumbogordo.com.br/4155-a-justica-da-justica/ ) até empresas cujos pedidos financeiros são bem vistos pelo Governo do Estado. Neste finzinho de ano, todo mundo meio desatento, o governador Luiz Fernando Pezão, do PMDB, concedeu subsídio de R$ 39 milhões à Supervia, empresa do grupo Odebrecht que explora os trens urbanos, para ajudá-la a pagar a conta de eletricidade. Explicação: o aumento nas tarifas foi superior ao previsto e afetou o lucro da empresa. É verdade: desta empresa e de todas as outras (e de todos os consumidores,inclusive o caro leitor).  Por que só a Supervia é beneficiada? Falta dinheiro no Rio para o 13º, e

2016 só poderá ser melhor

Clovis Rossi - Folha de S.Paulo Nem começou 2016 e o Brasil já está mal na foto, literalmente: Dilma Rousseff, abatida e de cabeça baixa, ocupa a capa da "Economist" já em circulação, mas com data de 2 de janeiro. O título é "A queda do Brasil", e o texto começa por prever que, em vez de promover uma grande festa pelos Jogos Olímpicos, "o Brasil enfrenta um desastre político e econômico". Nada que não tenha sido publicado em 11 de cada 10 jornais brasileiros (e do resto do mundo). Mas, de todo modo, é significativo que o Brasil volte estropiado à capa da revista que, não faz tanto tempo assim, retratou-o como um foguete rumo a um futuro brilhante (é verdade que, mais recentemente, o foguete se esfarelou sem pena nem glória, sempre na capa da nobre revista britânica). Nem serve de consolo o fato de que o mal-estar no Brasil, evidente a olho nu, não é um (triste) privilégio nosso. Apesar da recuperação da economia na maior parte do mundo, "

Argentina: Macri proibido de mexer na Lei de Meios

A Justiça argentina proibiu nesta quarta-feira, 30, o governo do presidente Maurício Macri de realizar qualquer intervenção na lei que regula o funcionamento dos meios de comunicação, a chamada Lei de Meios.  O juiz da região de La Plata Luis Arias acatou pedido do delegado da Autoridade Federal de Serviços de Comunicação Audiovisual (AFSCA) Região La Plata, Guillermo Luis Guerin, que pede a "nulidade absoluta" do Decreto nº 236/15, que fez intervenção na aplicação da Lei de Meios. Arias emitiu uma medida cautelar em que ordenou "uma injunção e de alterar, modificar, apagar ou excluir funções e a existência da Autoridade Federal de Serviços de Comunicação Audiovisual por qualquer ato ou regulamento que implique uma alteração qualquer das disposições contidas na Lei 26.522". Segundo o magistrado, a resolução "afeta todas as medidas tomadas em 29 de dezembro em diante (data de apresentação do pedido de anulação)" e observou que a ação foi "em fa

Advogado acusado de atrapalhar Lava-Jato segue preso

    De O Globo - André de Souza Edson Ribeiro defendia o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, negou pedido de habeas corpus apresentado pela defesa do advogado Edson Ribeiro, acusado de atrapalhar as investigações da Operação Lava-Jato. Ribeiro defendia Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras preso por suspeita de envolvimento no esquema de corrupção da estatal. Cerveró firmou um acordo de delação premiada para colaborar com a Justiça. O advogado foi preso em novembro, após ter participado de uma reunião com o senador Delcídio Amaral (PT-MS), na época líder do governo no Senado, e com o ator Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor da Petrobras. Bernardo entregou o áudio da reunião à Procuradoria-Geral da República, o que levou à prisão também de Delcídio, de seu assessor Diogo Ferreira e do banqueiro André Esteves. No encontro, Delcídio e Edson Ribeiro discutem uma possível fuga de Cerveró, preso em Curitiba

Olho no impeachment, Temer faz "road show" pelo país

O vice-presidente Michel Temer começa em janeiro uma intensa agenda de viagens pelo Brasil. Além do propósito de unificar o PMDB, mais dividido do que nunca, Temer usará o “road show” para atrair mídia espontânea e, por meio dela, tentar melhorar o seu baixo grau de conhecimento. Nos cálculos internos, o vice precisa vencer o relativo anonimato se quiser ser visto como alternativa de poder à presidente da República durante a tramitação do processo de impeachment. O ex-ministro Eliseu Padilha (PMDB-RS) ficou encarregado de preparar o giro nacional do vice-presidente. Para o núcleo duro do governo, o impeachment ainda não pegou na sociedade “porque o povo não viu um substituto, alguém que convença a população, sobretudo a mais pobre, de que será melhor do que Dilma”. (Informações da Folha de S.Paulo - Natuza Nery)

O chefão é Lula

2015 bate as botas como o ano da corrupção. Já se vai tarde! Escândalos foram a tônica dos seus 365 dias, cada um mais cabeludo do que o outro, fomentados, geridos e alicerçados por um Governo eleito com a bandeira dos trabalhadores, mas comandado por uma quadrilha que reina, conforme as investigações da Polícia Federal, desde a era Lula. Luiz Inácio Lula da Silva, aliás, é apontado como o seu chefe, acusado de enriquecimento ilícito, junto com a família, especialmente o filho Lulinha, que de limpador de bosta de elefante num zoológico virou um dos maiores patrimônios nacionais. Recentemente, foi alvo de uma operação da Polícia Federal, sendo levado a prestar depoimento. Já o ex-presidente e o seu Instituto receberam uma fortuna — cerca de R$ 4,5 milhões — da Camargo Corrêa. A empreiteira é uma das suspeitas de participar dos esquemas de corrupção identificados pela Operação Lava Jato da PF. A empresa chegou a pagar mais de R$ 800 mil por duas palestras de Lula. O montante rece

MPF consegue na Justiça Federal condenação de delegado Anibal Moura por sonegação e falsidade ideológica. Ele recorre

Sentença de Anibal Moura Os dados de uma decisão judicial, prolatada por Cesar Arthur Cavalcanti de Carvalho, Juiz Federal da 13ª Vara/PE, mostram as agruras do delegado Anibal Moura e um sócio carioca desde a quebra da empresa de segurança Korpus. Empregados foram à Justiça do Trabalho após a quebra da empresa e lá verificou-se que a pessoa que respondia pela empresa era laranja do delegado. Os juízes do trabalho mandaram o caso para o MPF, que entrou com uma ação contra o delegado, o dono de fato, por sonegação de impostos e falsidade ideológica. Já saiu uma primeira sentença criminal, de julho passado. O delegado especial já recorreu na própria vara federal. O caso ainda pode subir para avaliação do TRF5, antes de eventualmente subir ao STJ. Em outro processo administrativo, o Estado cogitou a cassação de sua aposentadoria. O pedido do Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco foi apresentado ainda em 2012. MPF processa Anibal Moura, ex-chefe da Po

PT, governo, Dilma e Lula: impasse irreversível

Carlos Chagas Mais do que um sinal de rompimento, foi uma declaração de guerra ao governo Dilma a mensagem distribuída nas redes sociais, segunda-feira, com a assinatura do presidente do PT, Rui Falcão. De início, leia-se Lula como o signatário real. Significa o quê, nessa passagem de ano, a veemente crítica da direção dos companheiros à política econômica reafirmada dias atrás pelo novo ministro Nelson Barbosa? Nada mais, nada menos, do que o estado de beligerância entre o criador e a criatura. Referindo-se à participação da CUT e do MST na condenação às diretrizes adotadas antes por Joaquim Levy e agora pelo substituto, o PT demonstra repúdio e rejeição aos métodos de Madame para enfrentar a crise econômica. Nada de apoiar as soluções de mercado, neoliberais, que só tem feito aumentar o desemprego em massa, os impostos, taxas e tarifas, o custo de vida e a redução de direitos sociais. Esse modelo só beneficia as elites, fechando as portas para a retomada do crescimento. Não dá

Palanque para Cunha

Francisco Jordão - Folha de S.Paulo Mesmo com o Congresso Nacional entregue aos fantasmas nessa época do ano, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não tira o time de campo. Interrompeu seu recesso parlamentar para um café da manhã com jornalistas, no qual falou sobre seus planos para o rito do impeachment da presidente Dilma Rousseff, sobre sua defesa no Conselho de Ética, fez um balanço das votações de 2015 e praticou seu esporte predileto: bater no procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Cunha foi denunciado por Janot sob a acusação de receber propina de US$ 5 milhões e recentemente a Polícia Federal fez buscas e apreensões nas residências do deputado. Ele não se conforma que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não esteja recebendo o mesmo tratamento. Além disso, o presidente da Câmara é acusado de mentir a seus pares sobre contas no exterior e o mesmo procurador apontou 11 motivos para ele deixar o cargo. Como Cunha jura inocência e não l

Eduardo Cunha diz que Janot protege Renan

Um dos principais alvos da Operação Lava Jato, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), voltou nesta terça-feira (29) a insinuar haver uma blindagem ao presidente do Senado, o também peemedebista Renan Calheiros (AL).   Rompido dentro do partido com Renan e um dos mais ferozes críticos do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, após ter virado alvo de investigação, Cunha afirmou em entrevista coletiva que os investigadores obtiveram conversas do ex-presidente da OAS, Leo Pinheiro, com Renan, mas que não houve nenhuma divulgação. Conversas do celular de Leo Pinheiro com Cunha foram apontadas por Janot no  pedido de afastamento  do presidente da Câmara como suspeitas de negociações de propina. Esse também foi um dos fundamentos para a  busca e apreensão  feita pela Polícia Federal no último dia 15 nos endereços de Cunha. "Na ação cautelar minha que motivou a busca e apreensão tem um relatório das ligações do Leo Pinheiro com 632 páginas (...). Dessas 632 páginas,

Odebrecht: PF põe fotos de Lula e Okamotto no inquérito

De O Estado de S.Paulo - Fausto Macedo e Ricardo Brandt Documento reforça relações de ex-presidente e seu sócio na LILS Palestras e Eventos com maior empreiteira do País A Polícia Federal anexou aos autos do inquérito que investiga a Odebrecht, maior empreiteira do País, fotos e planilhas com dados pessoais do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003/2010) e do seu sócio Paulo Tarciso Okamotto, na LILS Palestras, Eventos e Publicações – empresa que Lula criou para administrar sua rotina de contratos com empresas. A PF juntou ao documento cópia do Pedido de Compra 5318, datado de 4 de julho de 2013, emitido pela Construtora Odebrecht e tendo como ‘fornecedora’ a LILS, no valor de R$ 400 mil, para ‘apresentação de palestras’. Os investigadores incluíram esse documento aos autos para reforçar a linha de investigação sobre as relações do ex-presidente com a Odebrecht, que está sob suspeita de ter integrado cartel para fraudar licitações bilionárias da Petrobrás no período entr

Delator: diretor de empresa levou R$ 300 mil a Aécio

depoimento de Carlos Rocha, funcionário do doleiro Alberto Youssef Da Folha de S.Paulo – Rubens Valente Em delação premiada homologada pelo STF, Carlos Alexandre de Souza Rocha, entregador de dinheiro do doleiro Alberto Youssef, afirmou que levou R$ 300 mil no segundo semestre de 2013 a um diretor da UTC Engenharia no Rio de Janeiro, que lhe disse que a soma iria ao senador Aécio Neves (PSDB-MG). Rocha, conhecido como Ceará, diz que conheceu Youssef em 2000 e, a partir de 2008, passou a fazer entregas de R$ 150 mil ou R$ 300 mil a vários políticos. Ele disse que fez em 2013 "umas quatro entregas de dinheiro" a um diretor da UTC chamado Miranda, no Rio. Também em depoimento, o diretor financeiro da UTC, Walmir Pinheiro Santana, confirmou que o diretor comercial da empreiteira no Rio chamava-se Antonio Carlos D'Agosto Miranda e que "guardava e entregava valores em dinheiro a pedido" dele ou de Ricardo Pessoa, dono da UTC. Nem Pessoa, também delator

Outro lado: citação absurda e irresponsável, diz Aécio

A assessoria de Aécio Neves disse que considera "absurda e irresponsável" a citação a seu nome, "sem nenhum tipo de comprovação". "Trata-se de mais uma falsa denúncia com o claro objetivo de tentar constranger o PSDB, confundir a opinião pública e desviar o foco das investigações". A assessoria cita o fato de que Ricardo Pessoa, dono da UTC, não incluiu Aécio na lista de quem recebeu recursos da empresa no esquema da Petrobras. "A falsidade da acusação pode ser constatada também pela total ausência de lógica: o senador não exerce influência nas empresas do governo federal com as quais a empresa atuava e não era sequer candidato à época mencionada. O senador não conhece a pessoa mencionada e de todas as eleições de que participou, a única campanha que recebeu doação eleitoral da UTC foi a de 2014, através do Comitê Financeiro do PSDB", diz a nota. Procurada, a UTC disse que "a acusação não tem fundamento".

No Planalto de pires na mão

Mesmo em pleno recesso, deputados desembarcaram nesta segunda-feira em Brasília para rodar ministérios. Eles tentam redirecionar para seus redutos eleitorais verbas que haviam sido planejadas a outras cidades, mas não foram liberadas. A constatação é de Natuza Nery, na sua coluna desta terça-feira na Folha de S.Paulo. Registra ainda a colunista que governadores de oposição, entre eles Geraldo Alckmin (SP), só aceitaram ir à reunião com o ministro Nelson Barbosa (Fazenda) nesta segunda após a garantia de que o evento não seria usado como demonstração de apoio ao governo. Correligionários usam o caos no sistema de saúde fluminense para fustigar os dilmistas do partido. “Pezão, Paes e Marcelo Castro estão desgastando a imagem do PMDB”, diz um deputado, referindo-se ao governador do Rio, ao prefeito carioca e ao ministro da Saúde. “A gente avisou que ministério sem dinheiro não compensa”, completa o parlamentar do PMDB.

O Rio que eu não rio

Carlos Heitor Cony - Folha de S.Paulo As coisas não andam bem aqui no Rio de Janque eu nãoeiro, apesar da lama de Mariana não ter chegado ainda a outro rio, o Comprido, filete de água em cujas margens vivi e estudei durante dez santificados anos no seminário onde traduzi o "Pro Milone", o melhor discurso de Cícero, apesar de as Catilinárias serem mais famosas e de estarem em evidência por causa da Operação Lava Jato. O Estado não tem dinheiro nem para pagar o seu funcionalismo –o 13º salário será parcelado. A baía continua poluída, ameaçando a realização náutica da Olimpíada. A violência tornou-se maior, em maio, na Lagoa Rodrigo de Freitas, um médico foi esfaqueado e morto por menores, que roubaram sua bicicleta. O Complexo do Alemão, não fosse a tragédia da Síria, seria o principal motivo para indignação universal. Os restaurantes estão vazios, bem como os supermercados e os shoppings. Outro dia, fui almoçar em um restaurante badalado que vivia sempre cheio. Fique

Tarda e falha

Hélio Schwartsman - Folha de S.Paulo Reportagem da Folha mostrou que as denúncias que o procurador-geral da República ofereceu ao STF contra o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o senador Fernando Collor (PTB-AL) no âmbito da Operação Lava Jato estão paradas há quatro meses. A título de comparação, o juiz Sergio Moro, que julga os réus da Lava Jato sem direito a foro privilegiado, leva em média 3,5 dias para decidir se acata ou não uma denúncia. Evidentemente, o tempo da Justiça não é igual ao tempo da política ou da opinião pública. Se fosse, não teríamos decisões judiciais, mas linchamentos. Ainda assim, os quatro meses de intervalo –que se tornarão pelo menos cinco devido ao recesso no Judiciário– parecem um tremendo exagero. O recebimento de uma denúncia, vale lembrar, embora possa ter enorme impacto na vida do acusado, está longe de significar uma condenação. O réu ainda terá pela frente inúmeras oportunidades para exercer sua ampla defesa. O que chama a atenção, porém, é

PT cerca Dilma: mais emprego e imposto para ricos

O PT já definiu um cardápio de medidas com o qual pressionará o governo a promover uma inflexão na política econômica. Além de crédito para micro e pequenas empresas, a legenda cobrará de Dilma Rousseff um plano nacional de defesa do emprego que lhe devolva parte da popularidade perdida para enfrentar o impeachment. Pela prescrição petista, a presidente precisa “botar o pé” nas conessões públicas utilizando o BNDES como patrocinador dos principais projetos. Outra sugestão é usar títulos da dívida ativa para financiar obras. A ideia é vender os papéis a bancos privados com desconto no valor. Os bancos, por sua vez, pagariam ao governo à vista e lucrariam ao cobrar essas dívidas de terceiros. O PT também quer mudar o Imposto de Renda. A tabela teria uma faixa nova, com alíquota de 40%, para os que ganham mais de R$ 100 mil por mês. E isenção para salários até R$ 3.800. A sigla calcula que o ganho seria de R$ 80 bilhões. A cúpula petista defende ainda um imposto semelhante ao IPVA

Coragem: Dilma irá à cova dos leões?

A presidente Dilma Rousseff tem sido aconselhada por auxiliares e interlocutores de peso a ir pessoalmente, no início de fevereiro, levar a mensagem presidencial para o ano de 2016 ao Congresso. Seria uma maneira de mostrar disposição, como chefe da Nação, de apresentar, ela própria, uma agenda positiva para o país. Ao que tudo indica, ela está aberta a possibilidade. O que seria uma mudança e tanto na postura da presidente, que não fez pronunciamentos em rádio e televisão no  1º de maio, no Sete de Setembro e não deve fazer nada neste fim de ano. Em todos os casos, limitou-se a fazer pronunciamentos nas redes sociais. Comparecer pessoalmente no Congresso, com a popularidade beirando o chão, o impeachment ainda vivo e com Eduardo Cunha sentado na presidência da Câmara, é uma ousadia maior do que a coragem que ela tem demonstrado até o momento. (Denise Rothenburg – Correio Braziliense)

O que falta é bom senso

José Casado - O Globo A reunião emergencial dos governadores estaduais, ontem em Brasília, foi útil para confirmar o óbvio, ululante nos portões das unidades públicas de saúde : o Estado brasileiro quebrou. Governadores de Rio, Minas e Rio Grande do Sul, por exemplo, constataram que já começam 2016 devendo R$ 2 para cada R$ 1 de receita líquida prevista no ano. Nesses três estados concentra-se um terço da economia. Com 12 meses de mandato, Luiz Fernando Pezão (PMDB-RJ), Fernando Pimentel (PT-MG) e José Ivo Sartori (PMDB-RS) governam sem caixa e com o mais alto nível de endividamento dos últimos cinco anos. Temem chegar à temporada das eleições municipais sem dinheiro para salários do funcionalismo, aspirinas nos pronto-socorros e giz nas salas de aula. Como Dilma Rousseff, cada um criou a narrativa do próprio atoleiro: a culpa da crise deve ser atribuída aos outros. Na angústia dos governantes, percebe-se o sentimento de impotência diante do clima de desesperança política —

Cadê o dinheiro da dengue?

Em entrevista, ontem, ao Frente a Frente, o secretário estadual de Saúde, José Iran Costa, na foto ao lado, confirmou que, até o momento, o Governo Federal não liberou nenhum tostão para o combate à dengue e as outras doenças no Estado provocadas pelo mosquito Aëdes aegypti. O descaso da União está custando caro ao Estado. Chegam notícias de vários municípios dando conta de uma verdadeira epidemia de dengue. As cidades mais preocupantes se encontram no Agreste. Surubim e Santa Cruz do Capibaribe, segundo informações levantadas pelo blog, estão com seus hospitais lotados de portadores e suspeitos de dengue. Há casos até de aumento de mortes de idosos, mais vulneráveis aos efeitos da doença. O que intriga é a omissão e a enganação do Governo Federal. Enquanto o governador Paulo Câmara, confiando na intenção de Dilma em fazer uma ação conjunta chegou a liberar R$ 30 milhões, até agora o Ministério da Saúde não deu o ar da sua graça. Isso é mais vergonhoso pelo fato de, há 40 dias, o

Câmara: Cunha terá uma sobrevida de dois meses

Leandro Mazzini - Coluna Esplanada Alvo no STF e do processo da Lava Jato, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), terá uma sobrevida de quase dois meses, pelo regimento da Casa, para não ser limado da presidência como querem seus opositores. Dia 10 de fevereiro, na quarta-feira de cinzas, encerra-se o prazo para o deputado apresentar sua defesa ao Conselho de Ética. E o deputado Marcos Rogério (PDT-RO), relator do processo de cassação, avisa que tão logo receba a defesa, apresentará um plano de trabalho de 40 dias – “claro e transparente''- para não pairar brechas para questionamentos sobre o processo. Para quem espera Cunha fora do cargo logo em fevereiro só resta a decisão do pleno do STF, que avaliará o pedido de afastamento proposto pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot .

Bumlai confirma intermediação de palestra com Lula em Angola

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil Estadão Conteúdo  – O empresário e pecuarista José Carlos Bumlai confirmou à Polícia Federal ter atendido a um pedido do lobista Fernando Falcão Soares, o Fernando Baiano, um dos delatores da Operação Lava Jato. A solicitação de intermediação era para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva desse uma palestra no Centro de Estudos Avançados de Angola a convite do general angolano João Baptista de Matos, empresário do setor da mineração. O lobista já afirmara à Procuradoria-Geral da República ter pedido a Bumlai, preso desde o dia 24 de novembro, que intermediasse tal convite para o ex-presidente ir ao evento no país africano, em julho de 2011. O interrogatório de Bumlai, o terceiro, ocorreu no dia 21 de dezembro. A Polícia Federal indagou reiteradamente se Bumlai havia tratado de “questões comerciais ou políticas com Luiz Inácio Lula da Silva”. O pecuarista respondeu que “não”, mas acrescentou que “muitas pessoas encaminhavam demand