O lobista da empresa holandesa SBM Offshore no Brasil, Júlio Faerman, confirmou em sua delação premiada que realizou a doação de US$ 300 mil para a campanha da presidente Dilma Rousseff em 2010 por meio de transferência em contas na Suíça. Segundo Faerman, ele fez pagamento de uma conta na Suíça para outra conta no mesmo país pertencente ao então gerente de engenharia da Petrobras, Pedro Barusco, que também se tornou delator.
Barusco, em depoimento até agora inédito de sua delação premiada, confirmou a operação e diz que não precisou trazer os recursos da Suíça para a campanha petista no Brasil. Segundo ele, houve uma compensação no Brasil de "crédito em propinas" que o PT teria a receber de empresas por obras na Petrobras.
“Na verdade o depoente não transferiu US$ 300 mil para a conta de ninguém, simplesmente passando ao PT um crédito em propinas a receber. Que não sabe como esse pagamento teria sido feito ao PT, se no país ou no exterior, se em forma de doação oficial de campanha ou não’, declarou Barusco. A atual legislação proíbe o recebimento de doações eleitorais de empresas estrangeiras. As informações foram reveladas na denúncia do Ministério Público Federal referente à corrupção da empresa SBM na Petrobras, apresentada à Justiça ontem. (Do Diario de Pernambuco)
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