Petistas esperam contar com mais um ingrediente para afastar Eduardo Cunha da presidência da Câmara: a abertura do processo contra ele na Lava Jato. Dirigentes da sigla acreditam que, se isso ocorrer, podem convencer procuradores a acionar novamente o STF com o argumento de que o peemedebista faz parte da linha sucessória de Dilma Rousseff. Como há um processo de impeachment em curso, ele teria de ser afastado do cargo diante de uma denúncia criminal aceita pela corte.
Eduardo Cunha arquivou nesta quarta-feira (23) o primeiro pedido de impeachment de Michel Temer, proposto pelo deputado Cabo Daciolo (ex-PSOL-RJ). Ele apontava responsabilidade do vice em decretos de abertura de crédito sem autorização do Legislativo.
A Casa recebeu novo pedido, assinado por um advogado, que também se baseia nos decretos. Cunha rejeitará. “Quando assinou, Dilma tinha conhecimento de estar em desacordo com a lei. A situação de Temer é diferente”, argumenta.
Aos olhos do PT, não se trata de “obra do destino” que o parecer do TCU isentando Temer tenha saído na terça-feira e o arquivamento do pedido de impeachment, um dia depois. (Natuza Nery - Folha de S.Paulo)
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