Carlos Chagas
Último dia de um ano do Capeta, feito de encomenda para a gente mudar tudo a partir de amanhã. Primeiro cuidarmos de nós: parar de fumar, comer e beber menos, fazer exercícios diários, dar mais carinho a filhos e netos, economizar, pensar na Humanidade, ler aquele monte de livros amontoados na estante, desligar a televisão, visitar as tias velhas, tratar os subordinados com respeito e os chefes com altivez. Há muito o que reformar em termos de comportamento individual.
Quanto ao coletivo, mais ainda: compreensão para os erros e hesitações dos que, por ignorância, descumprem suas obrigações. Também para a incompetência dos responsáveis pelas políticas públicas. Intolerância e condenação para os envolvidos na corrupção. Desprezo para os que de má fé prometeram nas eleições o que não iriam cumprir no exercício de suas funções. Condenação à soberba e à prepotência de quantos se julgam superiores por razões de berço ou de riqueza. Rejeição de partidos, grupos e corporações empenhados em satisfazer seus interesses pessoais em detrimento do conjunto.
Caso conseguíssemos realizar a partir de hoje essas resoluções e logo 2016 seria a antítese de 2015. Só depende de nós, individual ou coletivamente. O problema está em que apenas por milagre praticaremos intenções tão comuns quanto necessárias. Dentro de um ou dois dias ficará clara a impossibilidade dessas mudanças. Sempre restará a desculpa de estarmos planejando resoluções de ano novo, mas para 2017. Quem sabe?
Comentários
Postar um comentário