Novo relator no Conselho de Ética, o deputado Marcos Rogério (PDT-RO,) apresentou, hoje, um parecer preliminar pela continuidade das investigações sobre o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Ele leu um complemento ao parecer do deputado Fausto Pinato (PRB-SP), destituído após manobras de aliados do peemedebista. Logo em seguida, houve pedido de vista, o que pode adiar a votação.
A sessão acontece em meio a uma operação da Polícia Federal, que cumpriu mandado de busca e apreensão na residência oficial de Cunha, em Brasília, e em dependências da Câmara. A PF também cumpriu mandados em endereços do peemedebista no Rio de Janeiro. A ação, batizada de Catilinárias, faz parte das investigações da Operação Lava Jato. O objetivo da operação é coletar provas nos inquéritos que apuram se o presidente da Câmara cometeu os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Logo após a breve leitura do complemento, que tinha apenas duas páginas, o deputado Genecias Noronha (SD-CE) pediu vista (mais tempo para análise), o que poderá adiar a votação do parecer por dois dias. Há quase um mês, o colegiado tenta votar o parecer preliminar. Apesar do pedido feito, ainda não há consenso entre os integrantes do colegiado sobre se cabe um novo pedido de vista – esse prazo regimental já havia sido concedido quando o parecer do primeiro relator foi apresentado.
Na visão do relator, Marcos Rogério, as investigações sobre o presidente da Câmara devem prosseguir porque a representação apresentada contra o peemedebista cumpre "requisitos formais". Ele foi escolhido para relatar o processo na semana passada, após Pinato ser tirado do cargo.
Após a leitura do parecer, o presidente do conselho, José Carlos Araújo (PSD-BA), deu a palavra para o advogado Marcelo Nobre fazer a defesa de Cunha.
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