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Não saio: para Cunha, argumento de Janot é "frágil"


Em conversas reservadas, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha(PMDB-RJ)  tem repetido que não pretende renunciar à presidência e tem evitado abordar a possibilidade de ser afastado. Para ele, o pedido apresentado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, é "frágil". Janot fez o pedido sob o argumento de que Cunha usa o cargo para atrapalhar ou evitar as investigações contra ele. O pedido deve ser avaliado pelo STF em fevereiro. Cunha foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República sob a acusação de envolvimento no escândalo de corrupção. Ele também é investigado por ter omitido contas milionárias no exterior.
Para evitar a cassação de seu mandato, o presidente da Câmara tem manobrado para que o processo no Conselho de Ética por quebra de decoro parlamentar seja reiniciado, com a realização de um sorteio para definir um novo relator do procedimento.
Ele poderá inclusive conseguir uma vitória antes do final do recesso parlamentar, em fevereiro, caso a Mesa Diretora acolha recurso do deputado Carlos Marun (PMDB-MS), aliado de Cunha, que pede a anulação da votação em que o Conselho decidiu dar curso ao processo.
Na tentativa de impedir que Waldir Maranhão(PP-MA), fiel aliado de Cunha  fique à frente da Casa, partidos da base aliada e siglas independentes se articulam para pressionar o vice-presidente a renunciar à função caso Cunha seja afastado do cargo. Eles exigirão que Maranhão convoque, no prazo de cinco sessões legislativas, uma eleição para a sucessão no comando da Câmara.
Nesse cenário, a Executiva Nacional do PMDB já iniciou mobilização para garantir que o partido siga na presidência da Casa. Os nomes defendidos pela sigla são de Osmar Serraglio (PMDB-PR) ou José Fogaça (PMDB-RS). Em frente oposta, o Planalto estuda nomes alternativos dentro e fora do PMDB. 

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