Pular para o conteúdo principal

Zeros fora, zero


Levy saiu? Para o país, não há diferença: não se discute o saber, mas o efeito da presença do ministro. Levy, Guido Mantega ou Vagner Love, tanto faz (ou não faz): quem aceita ser ministro de Dilma já sabe mesmo que não vai mandar.

E o rebaixamento da nota do Brasil por mais uma agência internacional? Também não fez diferença: os grandes fundos não ficam parados esperando que a agência retire o grau de investimento. Sacam o dinheiro bem antes. E os juros mais altos que o Brasil terá de pagar? Também já tinham subido: na segunda-feira, o Brasil pagava 4,7% acima do rendimento dos títulos americanos; na terça, foi rebaixado e perdeu o grau de investimento; na quarta, pagava os mesmos 4,7% acima dos títulos americanos. 

Para o mercado internacional, que observa a situação do ponto de vista da rentabilidade, sem paixões políticas, o que quer que se faça no Brasil é mais do mesmo. As providências defensivas foram tomadas há tempos pelos investidores internacionais. Eles podem não ter coração, mas têm cabeça, e precisam prestar contas a quem lhes entrega dinheiro para investir.

Quer dizer que não adianta mexer, porque ninguém influente vai dar bola para isso? Também não é assim: se Dilma entregar a economia a alguém respeitado, e deixar claro que não vai interferir no trabalho, a situação pode melhorar (não na hora, mas quando o mercado se convencer de que ela desistiu de inventar moda). 

E se, conforme se comentou, Dilma colocasse Jaques Wagner na Fazenda, o problema já não seria estar no fundo do poço, mas sim que iriam jogar terra em cima

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Mapa das facções em presídios brasileiros

'Fi-lo porque qui-lo': aprenda gramática com frase histórica de Jânio Quadros

FI-LO PORQUE QUI-LO                       Vamos lembrar um pouco de história, política e gramática?                     O ex-presidente Jânio Quadros gostava de usar palavras difíceis, construções eruditas, para manter sua imagem de pessoa culta. Diz o folclore político que, ao ser indagado sobre os motivos de sua renúncia, em 1961, teria dito: "Fi-lo porque qui-lo".                     Traduzindo para uma linguagem mais acessível, mais moderna, ele quis dizer "fiz isso porque quis isso", ou, simplificando, "fiz porque quis".                     Esse "LO" nada mais é que o pronome oblíquo "O", que ga...

Vimos ou viemos à reunião?

Nós VIMOS ou VIEMOS à reunião? Muita gente tem dúvida na hora de flexionar o verbo VIR. Quer um exemplo: Como você diria: “Nós VIMOS ou nós VIEMOS à reunião?” A resposta é: depende. Sim, depende do tempo a que nos referimos. A forma VIMOS é do presente do indicativo. Por exemplo:  “VIMOS, por meio desta, solicitar..." (o verbo VIR está na 1ª pessoa do plural, no presente do indicativo); A forma VIEMOS é do pretérito, do passado. Exemplo: "Ontem nós VIEMOS à reunião." (o verbo VIR está também na 1ª pessoa do plural, mas desta vez no pretérito perfeito do indicativo). Muita gente evita usar o presente, porque a forma VIMOS é, também, o passado do verbo VER: "Nós o vimos ontem, quando saía do escritório".  Para não ter dúvidas sobre qual é o verbo que está sendo usado (o VIR ou o VER), ponha o verbo no singular. Veja: “VENHO, por meio desta, solicitar...” (essa é a 1ª pessoa do singular, em vez de VIMOS, 1ª do plural); “Eu o VI ontem, quando saía do escritório” (e...