As críticas ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, antes restritas ao mundo político, se expandiram para o sistema financeiro e para parte do PIB nacional. Empresários e investidores passaram a ecoar, nos bastidores, a defesa da gestão Temer de que a Lava Jato precisa sinalizar um fim para ajudar a economia brasileira a voltar a girar. O setor privado adota, apesar da queda de três ministros, postura condescendente com o governo em nome de seus projetos na economia.
Curiosamente, investidores elogiam Curitiba, que pegou empresários, e crucificam Janot. Reclamam do pedido de prisão de caciques do PMDB, derrubado pelo STF, e dizem que, embora haja percalços, Temer avança nas reformas.
O presidente interino chegou à conclusão de que perde ao tentar aprovar projetos polêmicos antes do impeachment: a fatura cobrada por senadores a cada votação é alta, e a interinidade o obriga a ceder.
Exemplo disso ocorreu no projeto de lei das estatais. Mesmo avaliando que seria melhor manter a cota de conselheiros independentes em 20%, o Planalto topou os 25% sugeridos por Tasso Jereissati (PSDB-CE) para não abrir novas negociações com os senadores. (Coluna Painel - Natuza Nery -Folha de S.Paulo)
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