Do G1
O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou, hoje, no Palácio do Planalto que o presidente da República em exercício, Michel Temer, quer definir ainda nesta semana quem será o novo ministro do Turismo. Além disso, declarou Padilha, Temer “entregou” a indicação para a pasta ao PMDB da Câmara.
Há cerca de duas semanas a pasta está sob o comando interino de Alberto Alves, que assumiu após o então ministro Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) pedir demissão. Investigado na Operação Lava Jato, o ex-deputado federal decidiu deixar a pasta, segundo a colunista do G1 e da GloboNews Cristiana Lôbo, porque foram descobertas supostas contas secretas dele na Suíça, o que o peemedebista nega.
“O presidente Michel quer ver se define nesta semana [quem assumirá] o Ministério do Turismo”, declarou Eliseu Padilha, após participar de reunião no Palácio do Planalto sobre reforma da Previdência.
Questionado, então, se o novo ministro será do PMDB, respondeu: “Pode não ser alguém do PMDB, uma pessoa sem filiação partidária, mas tem que ser uma pessoa conduzida e indicada pelo PMDB. O presidente entregou ao PMDB da Câmara a decisão sobre o Ministério do Turismo”.
Inicialmente, segundo relatos de assessores de Temer, o presidente em exercício avaliava manter Alberto Alves como interino até os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, mas, conforme apurou o G1, interlocutores do peemedebista o têm aconselhado a nomear logo um ministro definitivo, pois, avaliam, o Brasil pode passar uma imagem "ruim" caso a Olimpíada comece e o ministério esteja sob comando de um interino.
Indicação técnica
Indagado sobre qual a avaliação do governo em torno da reivindicação de associações ligadas ao setor do turismo para que o Palácio do Planalto opte por uma indicação técnica, Eliseu Padilha disse ser “perfeitamente possível” esse tipo de escolha pelo presidente em exercício Michel Temer.
Na avaliação do ministro, um dos principais conselheiros políticos de Temer, contudo, essa indicação precisa contar com o apoio de, pelo menos, dois terços do Congresso Nacional e do PMDB, que, segundo ele, é o “titular” da pasta, em razão do que chamou de "composição de forças partidárias".
“Se [uma eventual indicação técnica] conseguir agregar dois terços do Congresso e, inclusive, o PMDB, que é o titular do ministério, [a nomeação] é perfeitamente possível”, declarou.
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