Presidente interino defende ministro da Educação, suspeito de receber propina
O presidente interino, Michel Temer, rebateu, mais uma vez, a acusação do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, que o acusou de ter pedido propina, em forma de doação oficial, para a campanha de Gabriel Chalita à prefeitura de São Paulo, em 2012. Em entrevista ao programa do jornalista Roberto D’Ávila, da GloboNews, Temer reforçou que tem bom trânsito com os empresários e que não seria necessário pedir a alguém que intermediasse uma doação eleitoral. Temer afirmou ainda que Machado está procurando fazer um “antagonismo com o presidente” e negou que vá processá-lo, porque este seria o desejo de Machado:
— Fui aconselhado a não responder, mas minha honorabiliidade está acima da Presidência da República. Não vou admitir que alguém se dirija a mim nesse tom. Vamos dizer que eu tivesse pedido uma colaboração e que ele tivesse obtido… Você acha que iria me servir dele, tendo, com toda modéstia, o prestígio que tenho no cenário nacional para falar com empresários? Os empresários falam e falavam comigo permanentemente. Jamais pedi a ele. Ele quer polarizar, e eu não vou dar esse valor a ele. Eu não falo para baixo.
Temer afirmou que os três ministros que deixaram o cargo desde o início do governo (Romero Jucá, Fabiano Silveira e Henrique Eduardo Alves), após o surgimento de novas denúncias da Operação Lava-Jato, pediram para sair.
O presidente lamentou ainda a situação do Ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), suspeito de ter recebido R$ 100 mil de propina em sua campanha para deputado federal em 2014. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, viu indícios de irregularidades em uma mensagem apreendida no celular de Walmir Pinheiro, ex-diretor da construtora UTC.
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