Presidente do Senado avisa que decidirá até quarta novo pedido de afastamento de Janot
O Globo - Cristiane Jungblut
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), abriu guerra contra o Ministério Público em discurso nessa quarta-feira. Renan avisou que estava analisando pedido de afastamento do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e, exaltado, disse que o MP perdeu os "limites do ridículo e do bom senso" com os pedidos de prisão contra ele, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o ex-presidente José Sarney. No comando da sessão e em tom de desabafo, Renan chamou de "esdrúxula" a decisão de Janot de pedir sua detenção com base nas gravações de Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro. O Supremo Tribunal Federal (STF) negou os pedidos.
Renan insinuou que o Ministério Público está agindo por vingança, afirmando que a força-tarefa das investigações é formada por três procurador que tiveram seus nomes rejeitados para o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).
— Que o Ministério Público cumpra — cumpra! — o seu limite constitucional, porque o que pareceu, na esdrúxula decisão da semana passada, é que eles já haviam perdido os limites constitucionais e, com aqueles pedidos, perderam o limite do bom senso e o limite do ridículo _ disse Renan, em tom enfático e acrescentando:
_ As instituições não se prestam e não podem servir de biombos para persecuções individuais. Quando há um excesso contra um indivíduo, ele é assimilável, é corrigível. Não poder haver excesso contra a instituição. Dessa forma, fiel à minha conduta, vamos manter a independência entre os Poderes da República e zelar, como sempre o fiz, pelo equilíbrio constitucional.
Comentários
Postar um comentário