Blog do Kennedy
Pesquisa Datafolha divulgada no fim de semana mostrou o fortalecimento das candidaturas presidenciais do ex-presidente Lula (PT) e do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC). O levantamento também expôs a fraqueza eleitoral do PSDB e do governo.
Lula lidera em todos os cenários de primeiro e segundo turno. Bolsonaro fica em segundo lugar nas simulações da primeira etapa, numa posição distante dos demais colocados.
No cenário 1 do Datafolha, Lula obteve 34% de intenção de voto. Bolsonaro, 17%. A ex-senadora Marina Silva, da Rede, ficou com 9%. O ex-ministro da Fazenda Ciro Gomes (PDT) e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), marcaram 6% cada um. O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa, que está sem partido, registrou 5%. O senador Alvaro Dias (Podemos) teve 3%.
Depois, todos com 1%, vieram o presidente Michel Temer (PMDB), o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), a deputada estadual Manuela D’Ávila (PC do B-RS) e o presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro (PSC). Votos brancos e nulos somaram 12%. Segundo a pesquisa, 2% não souberam responder.
Há uma tese na praça que diz que as pesquisas têm mostrado uma polarização entre esquerda e direita. Por mais que Lula seja de esquerda e Bolsonaro de direita, essas posições políticas não estão dando o tom da atual disputa. Lula e Bolsonaro têm em comum o fato de fazer oposição ao atual governo. Esse é o corte mais importante hoje.
Somadas as intenções de voto de Lula e Bolsonaro, metade dos eleitores rejeita a administração Temer. Outros candidatos com menor intenção de voto ampliariam bastante esse percentual de oposição ao governo.
Isso significa que a possibilidade de vitória de alguém do campo governista, qualquer que seja esse candidato, será difícil levando em conta o cenário de hoje.
Seria mais fácil uma novidade, um outsider como Joaquim Barbosa, ou uma política como Marina Silva, que não é identificada com o governo, ter espaço para crescer contra Lula e Bolsonaro.
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