O presidente Michel Temer admitiu que, se o governo não tiver os 308 votos necessários para aprovar a reforma da Previdência, a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que altera as regras para se aposentar no Brasil ficará para fevereiro.
Em almoço oferecido ao presidente da Macedônia Gjorge Ivanov, Temer confirmou que a discussão sobre o texto começará nesta quinta-feira, 14, na Câmara dos Deputados. Segundo ele, o governo vai avaliar até segunda-feira, 18, se tem a quantidade mínima de votos necessários para aprovar a proposta. Caso contrário, as discussões serão encerradas na Câmara e a votação ficará para fevereiro de 2018. "Em outro cenário", afirmou.
O presidente disse que, até segunda-feira, não haverá decisão se a PEC será votada no plenário. "A não ser que na quinta-feira tenha uma avalancha de votos", afirmou. Ele afirmou que o texto não será votado sem a garantia de vitória. "Não se submete os deputados a esse constrangimento. Tendo os votos necessários, acredito ser possível".
"Entre quinta-feira e segunda ou terça se verifica: se tiver os 308, vai a voto agora. Caso contrário, se espera o retorno em fevereiro e marca-se a data em fevereiro", reforçou o presidente ao deixar o almoço no Palácio do Itamaraty.
Temer repetiu que o governo está "esclarecendo vários pontos" em relação a reforma, reforçou que haverá uma regra de transição para a idade mínima e numa tentativa de conquistar mais adeptos a proposta disse que "aqueles que ganham mais também não perdem".
O presidente exemplificou casos de funcionários públicos que ganham acima do teto do INSS que terão que optar por uma previdência complementar para pode se aposentar pela totalidade do benefício. "Se ele ganhar R$ 30 mil ele vai ter que pagar R$ 600 por mês para se aposentar na totalidade, isso já ocorre na União", afirmou.
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