Josias de Souza
O governo precisa de 308 votos para aprovar a reforma da Previdência na Câmara. Pode-se evitar que o número mágico seja atingido de duas maneiras: votando contra a proposta —o que expõe o deputado ao risco de retaliação— ou simplesmente ausentado-se do plenário no dia votação. Cresce o número de deputados que tramam não dar as caras.
Utiliza-se contra Michel Temer a mesma feitiçaria usada pelo presidente para enterrar duas denúncias criminais. A continuidade das investigações contra o presidente e os ministros palacianos Moreira Franco e Eliseu Padilha exigia o aval de 342 do 513 deputados. No vale-tudo adotado para evitar que a marca fosse alcançada, o Planalto pressionou deputados que não tinham coragem de se expor à sanha das redes sociais para que sumissem do plenário na hora de a onça beber água.
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