A insistência do governo em repassar ao contribuinte a responsabilidade por reequilibrar as contas públicas com aumento de impostos demonstra a falta de controle, visão e experiência, segundo Sérgio Approbato Machado Júnior, presidente do Sindicato das Empresas de Contabilidade e Assessoramento no Estado de São Paulo – Sescon/SP.
“A crise se tornou mais política do que econômica”, afirma.
Para Approbato Machado Júnior, a situação se agravou com a repercussão de erros grosseiros como o absurdo de propor ao Congresso um orçamento com déficit e as “pedaladas fiscais”, como ficaram conhecidos os atrasos nos repasses do Tesouro Nacional a bancos públicos para pagar benefícios sociais e previdenciários.
“Com isso, a descrença e a perda de apoio popular colocaram o governo entre o descompasso econômico e a falta de credibilidade. Nessa balança, acredito que a crise política tenha o maior peso, portanto, quanto antes for solucionada, mas cedo será a recuperação econômica do país”.
Cortar custos, aumentar impostos e alíquotas são medidas paliativas que, além de não sanar o problema, penalizam ainda mais o contribuinte já sobrecarregado, afirma o presidente do Sescon/SP.
“É preciso antes repensar a máquina administrativa, organizar a área política e em paralelo, enxugar gastos cortando na carne, como foi prometido aos brasileiros”.
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