Da Folha de S.Paulo – Bruno Fávero
Com carros de som, faixas de protesto e até bonecos da presidente Dilma Rousseff e do governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP), movimentos sociais, sindicatos e partidos de esquerda protestaram nesta sexta (18) na avenida Paulista, em São Paulo, contra o último pacote de ajuste fiscal proposto pelo governo. O trânsito foi parcialmente interrompido no entorno.
As palavras de ordem mais gritadas eram "Chega de Dilma, chega de Aécio, chega de Cunha e desse Congresso".
O ato também teve críticas ao financiamento empresarial de campanhas –proibido na quinta (17) pelo Supremo Tribunal Federal– e a Aécio Neves (PSDB-MG), Geraldo Alckmin (PSDB-SP) e Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Durante o ato, os organizadores criticaram medidas de arrocho salarial, a Agenda Brasil e o aumento dos juros. Defenderam como alternativa para equilibrar as contas públicas a taxação de grandes fortunas e o não pagamento da dívida pública.
Diferentemente de outros setores da esquerda, como o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), os organizadores não descartam a saída de Dilma Rousseff, embora não defendam abertamente o impeachment por acreditarem que "nada mudaria" com Michel Temer (PMDB) no poder.
Além do ajuste, o ato teve uma grande diversidade de movimentos e pautas: metalúrgicos, funcionários dos Correios, garis, trabalhadores da construção civil, representantes de movimentos negros e indígenas, militantes LGBT, professores em greve, além de partidos como PCB, PSTU e PSOL.
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