A Fundação Perseu Abramo, ligada ao Partido dos Trabalhadores, presidida pelo economista Márcio Pochmann, divulgou na tarde desta segunda-feira (28), em São Paulo, um documento com duras críticas à política econômica da presidente Dilma Rousseff.
Ao lançamento compareceram mais de uma centena de especialistas das cinco regiões do Brasil. O documento se chama “Por um Brasil justo e democrático”.
Segundo ele, “construir um Brasil justo e democrático requer consensos em torno de um projeto de desenvolvimento nacional”.
O documento apresenta subsídios nesse sentido e alerta que o ajuste fiscal em curso não caminha nessa direção.
Estiveram presentes representantes de movimentos sociais, sindicatos, partidos políticos, organizações da sociedade civil e personalidades do chamado “campo progressista”.
Todos se disseram mobilizados em defesa da democracia, da legalidade, dos direitos sociais e civis e pela mudança imediata dos rumos da politica econômica.
O documento é dividido em dois volumes: Mudar para sair da crise – Alternativas para o Brasil voltar a crescer (Vol. I) e O Brasil que queremos – Subsídios para um projeto de desenvolvimento nacional (Vol. II).
Articulado e debatido em seis reuniões, o documento foi elaborado a partir de dezenas de artigos sobre temas diversos que serviram de base para a consolidação dos subsídios nele apresentados.
Os resultados são preliminares e servem como base para o debate amplo, plural e suprapartidário.
O documento foi co-produzido pelo Brasil Debate, Centro Internacional Celso Furtado de Políticas Para o Desenvolvimento, Fundação Perseu Abramo, Fórum 21, Plataforma Política Social, Le Monde Diplomatique Brasil e Rede Desenvolvimentista.
Segundo a apresentação do documento, muitos temas relevantes não foram contemplados e outros não puderam ser aprofundados.
“Trata-se, portanto, de um documento em construção. O que apresentamos neste texto é uma síntese das discussões e propostas elaboradas até o momento. O objetivo foi dar o primeiro passo. Espera-se que esse esforço suscite debates, críticas e novas contribuições capazes de suprir lacunas e aperfeiçoar os subsídios apresentados.”
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