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O ministro Joaquim Levy não vai abandonar o barco, diz economista-chefe do Bradesco

Octavio de Barros, economista-chefe do banco Bradesco, afirmou nesta sexta-feira durante um painel para CEOs, organizado pelo IBEF-SP (Instituto Brasileiro de Executivos Financeiros de São Paulo), em São Paulo, que tem total confiança que o Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, não pensa em nenhum momento renunciar ao ministério.
“Conheço o Ministro Levy muito bem e ele não vai abandonar esse barco. Nem passa pela cabeça dele abandonar a tarefa com a qual está comprometido: ajudar a arrumar a economia do Brasil”, disse.
Segundo o economista, é fundamental que o Brasil crie o mais rápido possível algo que ele chama de “Governança Orçamentária”.
A sugestão é que se crie uma regra que a taxa de crescimento das despesas totais das contas públicas não ultrapasse o crescimento do PIB Nominal.
“O dia em que o Brasil colocar isso em prática, como regra, as taxas de juros vão cair automaticamente. Certamente essa é a grande reforma que precisamos neste momento no País”.
Já o CEO da AES Brasil, Britaldo Soares, destacou que está na hora de superar as divergências políticas em favor da economia da nação.
“O interesse do Brasil tem que prevalecer, independente da cor da camisa, seja ela azul ou vermelha. Chegou o momento de alinhar os poderes executivo e legislativo em favor das medidas e ajustes necessários”, disse Britaldo ao defender o ajuste fiscal.
Fernando Alves, CEO da PwC, acredita que a crise é superável, mas tem componentes complicados.
“Estamos vivendo uma crise com componentes políticos, econômicos e sociais. É a tempestade perfeita, mas está nos trazendo a oportunidade de debater temas importantes, como o financiamento de campanha. Já Rodrigo Kede, CEO da Totvs, credita boa parte do problema econômico à crise política. “Essa crise na política aumenta a confusão no mercado e a incerteza afeta os investidores”, afirmou ele.
Rômulo Dias, CEO da Cielo, defende que apesar da crise, as empresas não podem se deixar contaminar pelo clima de pessimismo.
“Evidente que é hora de rever contratos, custos e despesas. Mas de forma inteligente, não podemos de uma hora para outra mudar a direção das empresas”, disse Dias.

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