Em entrevista à Folha de São Paulo desta sexta-feira (25), o ex-presidente Fernando Henrique Cardosodeclarou que “os que desejam o impeachment (da presidente Dilma Rousseff) não construíram até hoje uma narrativa convincente”.
Foi um “puxão de orelhas” em parlamentares do seu próprio partido, que abraçaram esta causa com apoio do presidente nacional, senador Aécio Neves.
Ele voltou a aconselhar Dilma Rousseff a amadurecer a tese da renúncia dizendo que o tempo dela na Presidência da República “está esgotado”.
Para o seu próprio bem, diz FHC, Dilma deveria procurar a oposição para propor um pacto em torno de questões que ajudem a tirar o Brasil da crise, mas “oferecendo sua renúncia antes do final do mandato”.
“Ela tem que olhar para a história e não convém ficar marcada como a presidente que não conseguiu governar, ou que vendeu a alma ao diabo para governar”.
FHC disse também que Dilma está fazendo tantas concessões ao PMDB (“pacto com o demônio”) que não terá mais condições de governar.
À frente de um partido que aposta no caos e faz de tudo para dilapidar as contas públicas, onde 50 de 51 deputados votaram pelo fim do fator previdenciário, o que criaria despesas de R$ 125 bilhões na Previdência, o ex-presidente FHC se vê apto a dar conselhos e agora prega um pacto em favor da estabilidade fiscal; “Ela teria uma saída histórica. Apresentar-se como coordenadora de um verdadeiro pacto. Em que não estivesse pensando em vantagens para seu grupo político, só no futuro do país, e propondo que o conjunto das forças políticas se unisse para fazer algumas coisas. Modificar o sistema eleitoral. Conter a expansão do gasto público. Reformar a Previdência. E ofereceria o seguinte: aprovado esse pacto, em um ano ela renunciaria”, afirmou; na mesma entrevista, FHC ao menos reconheceu que a narrativa do impeachment é frágil e “inconsistente”
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