Veja – Eduardo Gonçalves
Minuta do documento era lida enquanto Delcídio do Amaral tentava negociar com o filho de Cerveró um acordo para poupá-lo
Na conversa gravada pelo filho do ex-diretor internacional da Petrobras Nestor Cerveró, Bernardo, entre ele, o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) e o advogado Edson Ribeiro, o trio discute a minuta da delação premiada de Cerveró, obtida pelo banqueiro André Esteves. A certa altura da reunião, Delcídio chama a atenção para uma anotação em especial, feita à mão por Cerveró: a presidente Dilma Rousseff "sabia sobre todos os movimentos" que envolviam a compra da refinaria de Pasadena, no Texas.
Durante o diálogo, Delcídio cita três vezes as menções de Cerveró a Dilma. As pausas na conversa dão a entender que os três estão lendo o documento. "Aí, por exemplo, no tópico da Dilma, ele [Cerveró] complementa... ele coloca que a Dilma sabia sobre todos os movimentos de Pasadena", diz o senador. "No caso da Dilma, [ele disse:] a Dilma sabia de tudo de Pasadena. 'Ela me cobrava diretamente, diz, várias reuniões'", prossegue. "Aí ele fala da Dilma, que a Dilma acompanhou tudo de perto".
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