Josias de Souza
“Uma ponte para o futuro” é o nome do programa que o PMDB discutiu no encontro realizado em Brasília nesta terça-feira. A peça defende o oposto do que Dilma Rousseff pratica. A foto acima exibe a composição da mesa com os principais líderes da legenda. Deve doer em Ulysses Guimarães, no túmulo, a ideia de que o futuro do PMDB é um enredo confuso, que teve José Sarney no prefácio e cujo epílogo terá Eduardo Cunha e Renan Calheiros.
Ao discursar no Congresso do PMDB, em Brasília, Michel Temer ouviu um coro: ‘Brasil pra frente, Temer presidente’. Foi entoado por integrantes do MBL, Movimento Brasil Livre, grupo que defende o afastamento de Dilma Rousseff. Vaiaram Eduardo Cunha, que levou a tese do impeachment ao freezer.
Os manifestantes portavam cartazes pedindo o impeachment e a posse imediata de Temer. E o vice de Dilma, pedindo calma: “Por enquanto, não. Em 2018, nós vamos lançar um candidato, temos grandes nomes no PMDB. Não eu, estou encerrando minha vida pública.”
Essa foi a tônica do encontro. Alguns gatos pingados defendendo o rompimento com o governo e a grossa maioria empurrando a deliberação para 2017 ou 2018. Nada mais PMDB do que uma protelação que permita à legenda extrair do governo todos os benefícios que o déficit público for capaz de financiar. Conforme já comentado aqui, é hilário o PMDB.
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