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Mauricio Macri, eleito presidente da Argentina neste domingo, disse que vai buscar a suspensão da Venezuela do Mercosul devido a acusações de abusos de direitos cometidos pelo governo de Nicolás Maduro. “É evidente que a cláusula democrática do bloco deve ser invocada porque as acusações são claras e, sem dúvidas, não foram inventadas”, disse Macri a jornalistas nesta segunda-feira.
Durante sua campanha, Macri já havia criticado posições do governo de Maduro, como a prisão do líder de oposição venezuelano Leopoldo López. “Isso não é o que faz um governo democrático”, afirmou.
A vitória de Macri marcou um momento histórico na Argentina, que pela primeira vez em 100 anos escolheu um candidato que não pertence nem ao peronismo nem ao radicalismo socialdemocrata. O resultado da votação encerrou doze anos de hegemonia política do casal Kirchner, primeiro com Néstor, eleito em 2003, e agora com Cristina, eleita pela primeira vez em 2007.
O empresário e engenheiro Mauricio Macri ficou conhecido por sua bem-sucedida administração do clube Boca Juniors, do qual foi presidente por treze anos, e da cidade de Buenos Aires, da qual foi eleito prefeito em 2007 e 2011. É filho de um dos empresários mais prósperos do país: Franco Macri, fundador do Grupo Macri, que conta com empresas nas áreas de logística, construção e de alimentos na Argentina, no Brasil e no Uruguai.
Macri não gosta de definir-se como um político de esquerda ou de direita, mas sua preferência pelo liberalismo econômico é clara. No dia seguinte à sua vitória, ele disse, em coletiva de imprensa, que o seu gabinete econômico será formado por seis ministérios: Fazenda e Finanças, Trabalho, Agricultura, Energia, Pesca, e Transporte e Produção. Ele não anunciou, porém, os nomes que vão liderar essas pastas. A cerimônia de posse do novo presidente argentino acontecerá em 10 de dezembro.
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