Aliados muito próximos de Eduardo Cunha “desapareceram” com seus telefones celulares assim que a prisão foi divulgada. Como de costume, vários deputados ocupavam mesas de uma churrascaria na Asa Sul quando da notícia da prisão. De imediato, começaram a circular nervosamente pelo restaurante. “Nossa profissão é de risco”, disse um aliado de Cunha a um tucano.
Foi de lá que partiu a articulação para adiar os trabalhos no Congresso — um pouco por luto, outro tanto para poupá-lo. “Vão usar o tempo todo para malhar o Cunha”, argumentou um amigo protetor.
Um dos aliados mais próximos de Cunha, Jovair Arantes (PTB-GO) prestou depoimento ao juiz Sergio Moro como testemunha de defesa de Claudia Cruz, mulher do ex-deputado, já depois de o juiz ter autorizado a prisão do peemedebista.
Quem acompanhou a audiência se impressionou com a frieza com que Moro conduziu o interrogatório — por videoconferência — mesmo sabendo que o ex-presidente da Câmara seria detido a qualquer momento.
No Planalto, a reação em certas salas após a notícia foi de silêncio absoluto. “Tudo ficou nublado”, disse um palaciano. Cunha almoçou, segunda (17), em SP, com o dono da Matrix, Paulo Tadeu, mas não fechou com a editora a publicação de seu primeiro livro. Terá de negociar da cadeia. (Painel – Folha de S.Paulo – Natuza Nery)
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