Ricardo Boechat – IstoÉ
Investigadores da Operação Lava Jato reagiram com surpresa a comentários de que Eduardo Cunha estuda aderir a um acordo de delação premiada (o que pode tirá-lo da prisão) escolhendo quem denunciará. Isso porque não cabe ao ex-deputado tal prerrogativa – e nem a ninguém. O Ministério Público Federal tem uma pauta e o acordo para ser celebrado pela Justiça requer que o investigado mostre muitos fatos novos – e barganhe. Agora é fato que Cunha, com menos poder do que outrora, com a prisão ganhou fôlego para também negociar o seu silêncio.
Já o parlamento alemão fez sessão na semana passada para debater o afastamento de Dilma Rousseff. Durou 30 minutos. Até muito tempo, considerando que a iniciativa dos partidos de esquerda não levará a lugar algum. Nem Angela Merkel pretende dar declaração condenando o impeachment, como desejam alguns políticos locais, muito menos o Brasil considera ter havido ilegalidade no processo transcorrido no Senado, com aval do Judiciário.
Eleito no primeiro turno e o candidato com maior patrimônio à Prefeitura de São Paulo (R$ 179,7 milhões), João Doria também é rico em amizades. Não precisa se preocupar com a dívida de campanha de R$ 6,1 milhões. O jantar organizado em sua homenagem na residência de um renomado advogado no Itaim, na quinta-feira 20, custava R$ 20 mil por cabeça. E teve fila.
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