O diretor da Polícia do Senado, Pedro Ricardo Araújo Carvalho, preso nesta sexta-feira
Reportagem da Folha de S.Paulo deste sábado denuncia que o diretor da Polícia do Senado, Pedro Ricardo de Carvalho, principal alvo da Operação Métis, é acusado até de cárcere privado em trabalho para proteger o senador Fernando Collor de Melo. A denúncia é da agente da Polícia Federal Andréa Pinho Albuquerque,
"No dia 14 de julho de 2015, a PF cumpria um mandado de busca e apreensão em um imóvel do parlamentar, como parte da Operação Politeia, quando sete policiais do Senado chegaram ao local minutos depois tentando obstruir a missão – o apartamento estava vazio.
Segundo relato da policial, os agentes legislativos afirmavam que a ação era ilegal, pediam identificação e apresentação do mandado, tentando impedir o prosseguimento da operação.
Em uma das vezes, quando a porta estava fechada, um dos policiais do Senado bateu gritando "é a Polícia!", como forma de coação.
Ainda de acordo com o depoimento da PF, depois de seguidas perturbações, quando a equipe deixava o apartamento, Carvalho impediu orientou os outros seis colegas para impedir a saída deles do local.
"Fomos surpreendidos pela presença de sete policiais legislativos, que impediam a nossa saída. [O diretor da Polícia do Senado] esbravejava de forma bastante ríspida que a diligência estava eivada de nulidade (...) e determinou aos policiais que não deixassem ninguém sair. Entabulou-se, assim, um bate-boca. Foi então que eu informei que ele estaria praticando cárcere privado e se não permitisse a saída imediata da equipe ser-lhe-ia dada voz de prisão e ele seria encaminhado à sede da Polícia Federal", diz trecho do relato."
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