Polícia da Câmara também tentou comprar maletas antigrampos, peça central da operação no Senado
Folha de S. Paulo – Coluna Painel
Por Natuza Nery
Peça central de um sistema de contrainteligência que levou quatro policiais do Senado à prisão nesta sexta-feira (21), as maletas antigrampo também despertaram o interesse de agentes da Câmara. A Polícia Legislativa da Casa chegou a pedir à primeira-secretaria, em 2015, a compra de equipamentos semelhantes, sob o argumento de que a coirmã do tapete azul havia adquirido os materiais “ultramodernos”. O pleito dos agentes, no entanto, acabou barrado pelos dirigentes.
A operação no Senado foi vista entre peemedebistas como uma resposta de Judiciário, Ministério Público e Polícia Federal às novas movimentações do presidente da Casa, Renan Calheiros, e aliados para desengavetar o projeto sobre abuso de autoridade.
Primeiro-secretário do Senado na época da aquisição das maletas de R$ 400 mil, Flexa Ribeiro (PSDB-AM) disse não se lembrar da compra. “Passa tanta coisa por aqui. Deve ter sido algum pedido da área de segurança”, desconversou.
Ao levantar o processo da compra das maletas, de janeiro de 2015, o senador tucano afirmou que apenas ratificou solicitação da diretoria-geral do Senado, com base no regulamento que define as atribuições da Polícia Legislativa.
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