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Crise sem vencedores: PT, Temer e oposição em baixa


Pesquisa Ibope revela que 62% apoiam novas eleições depois do impeachment da presidenta ser confirmado no Senado
El País - Carla Jiménez
O alívio com o iminente afastamento temporário da presidenta Dilma está longe de trazer alento a seu vice, o peemedebista Michel Temer, que pode assumir o Palácio do Planalto caso o Senado confirme a destituição por 180 dias no próximo mês. Segundo pesquisa do instituto Ibope, divulgada neste final de semana, apenas 8% dos entrevistados se sentem representados com Temer no lugar da atual presidenta. Não por acaso 62% afirmam que preferiam ter novas eleições neste momento de transição. A insegurança com o que está por vir depois do processo, e a campanha petista para mostrar que o impeachment é "um golpe" parece confundir e desanimar os entrevistados do Ibope com o futuro Governo Temer.
O vice é vítima, em todo caso, de um rechaço geral dos eleitores com os políticos. O emaranhado de denúncias da Lava Jato e a guerra política que se estabeleceu no Brasil nos dois últimos anos acabou nauseando os eleitores. E esse mal-estar que a priori parecia concentrado apenas no PT – o mais atingido pela investigação da Petrobras, que ajudou na crise que pode abreviar em dois anos o seu quarto mandato – se estendeu às lideranças de todos os partidos. Se a rejeição a Dilma supera os 70% atualmente, o repúdio do eleitor com o senador tucano Aécio Neves, por exemplo, que perdeu a eleição para a presidenta em 2014, é de 53%. Em fevereiro, essa taxa era de 44%.
Outro tucano apontado como presidenciável, Geraldo Alckmin, ostenta a mesma faixa de rejeição: passou de 30% em fevereiro para 53% neste mês. Seu colega José Serra alcança 54% (saiu de 52%). Até Marina Silva, presidente da Rede, viu sua rejeição avançar de 42% para 46%. O campeão de rejeição, no entanto, é o ex-presidente Lula, com 65% (era 61% em fevereiro).

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