Da Folha de São Paulo
A comissão especial do Senado que analisará o impeachment da presidente Dilma Rousseff vai realizar sua primeira reunião amanhã.
A informação foi confirmada, hoje, pelo senador Raimundo Lira (PMDB-PB), indicado pelo partido para presidir o colegiado. "A comissão será instalada amanhã (terça) às 10h", disse Lira à Folha.
Os 21 titulares e 21 suplentes da comissão serão eleitos pelo plenário do Senado na tarde desta segunda –todos os nomes foram indicados até a última sexta.
Por ser o mais velho do grupo, Lira é quem convoca a primeira reunião do colegiado, que ratificará sua escolha para presidi-lo. Segundo Lira, neste primeiro encontro de terça será eleito também o relator da comissão, função responsável por elaborar o parecer contra ou a favor da admissibilidade do processo de impeachment.
O PSDB indicou o senador Antonio Anastasia (MG) para o cargo, mas o PT é contra e ainda tenta articular um outro nome. O problema do governo é que tem apenas cinco dos 21 votos dentro da comissão, o que dificulta barrar o tucano numa eleição interna.
Lira planeja levar o parecer da comissão a voto no dia 9 de maio, último dos dez dias úteis previstos para que o colegiado especial conclua seu trabalho. No caso, ele prevê que o plenário do Senado vote o mesmo parecer – que decidirá pela abertura ou não do processo – em 12 de maio, uma quinta.
São necessários os votos de pelo menos 41 dos 81 senadores para que o processo seja aberto e Dilma afastada por até 180 dias. Enquete feita pela Folha aponta que 50 senadores são a favor da admissibilidade do caso. Ao mesmo tempo, apenas 39 dizem que apoiarão o impedimento definitivo de Dilma (nesta etapa, exige-se o mínimo de 54 votos para o impeachment).
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