Em entrevista à jornalista Eliane Cantanhêde, no jornal O Estado de S.Paulo, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) confirmou que é candidato a assumir a cadeira da presidente Dilma Rousseff.
“Se o destino me levar para essa função, e mais uma vez eu digo que eu devo aguardar os acontecimentos, é claro que estarei preparado porque o que pauta a minha atividade é exatamente o diálogo. Não que eu seja capaz de, individualmente, resolver os problemas. Mas eu sei que por força do diálogo e, portanto, coletivamente, com todos os partidos, com os vários setores da sociedade, nós tiraremos o País da crise", afirmou.
Caso o impeachment seja derrotado, ele rechaça a ideia de renunciar, como foi proposto pelo ministro Jaques Wagner. "Ao longo desse período em que fui vice-presidente, e você sabe que estou completando cinco anos e pouco, nunca tive um chamamento efetivo para participar das questões de governo. De modo que, digamos assim, se nada acontecer, tudo continuará como dantes, não é? Nada mudará", afirmou.
Temer também se diz contrário à realização de eleições gerais. "Eu pessoalmente sou contra por uma razão: sou muito apegado ao texto constitucional. Toda vez que se quiser sair do texto constitucional está se propondo uma ruptura com a Constituição. E toda e qualquer ruptura com a Constituição é indesejável para o País. A estabilidade do País e das instituições depende basicamente do que está na Constituição e nela não há hipótese de eleições gerais", argumentou.
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