Segundo ministros, presidente teme que atitude pareça uma renúncia ou algo como 'jogar a toalha' para a batalha final e por isso ainda avalia o 'timing' da ação
O Globo - André de Souza
Em entrevista à emissora de TV CNN, dos Estados Unidos, a presidente Dilma Rousseff disse que ninguém pode sofrer impeachment por impopularidade. Ela afirmou também que vai lutar para sobreviver, e aproveitou para atacar o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e outros defensores de seu afastamento do cargo. Segundo Dilma, os líderes que estão contra ela são todos investigados por corrupção.
A íntegra da entrevista irá ao ar na quinta-feira, às 15h de Brasília. Mas a jornalista Christiane Amanpour, que entrevistou Dilma, divulgou um pequeno trecho da conversa em sua conta no Twitter. Ao ser questionada se acha que sobreviverá ao processo de impeachment, mesmo tendo baixa popularidade, poucos aliados no Congresso, e sendo avaliada como uma das piores líderes do mundo, Dilma respondeu:
— No Brasil, que é presidencialista, assim como os Estados Unidos, ninguém pode ser levado a um processo de impeachment por impopularidade porque impopularidade é cíclica. Todos os presidentes ou primeiros-ministros da Europa que tiveram taxas de desemprego de 20% teriam que sofrer processo de impeachment, porque também tiveram profundas quedas na popularidade.
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