Além de assumir o comando do PMDB no lugar do vice-presidente da República, Michel Temer, o senador Romero Jucá (RR) assumiu as funções de porta-voz e de articulador político de uma eventual gestão do peemedebista.
Ex-líder dos governos Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, o parlamentar tem sido o principal operador do grupo de Temer na busca pelos 342 votos necessários para a aprovação do pedido de impeachment da petista no plenário da Câmara.
Jucá já negocia espaços e cargos num futuro governo Temer com partidos como PP, PR, PSD e PTB - não por acaso os mesmos que são alvo das investidas do Palácio do Planalto para evitar o afastamento de Dilma. Integrantes do partido relatam que o senador usa o mesmo toma lá dá cá do governo, com uma diferença: a questão colocada aos deputados é se querem ficar no cargo de um governo que pode cair em breve ou preferem aderir a Temer pelos próximos "dois anos e meio".
Logo após o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), anunciar na quarta-feira, que o partido seguiria com Dilma, Jucá tratou de se reunir com o dirigente para convencê-lo do contrário. No mesmo dia, o peemedebista se encontrou com o presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN); o líder da legenda no Senado, Ronaldo Caiado (GO); e o da Câmara, Pauderney Avelino (AM). Deles, ouviu a cobrança por um maior protagonismo do PMDB no impeachment.
Também faz parte da estratégia de Jucá uma aproximação com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), responsável por iniciar o processo de afastamento de Dilma.
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