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Para Aécio Neves, Dilma perdeu credibilidade de forma definitiva

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O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, em entrevista coletiva nesta terça-feira (05/04), condenou a distribuição de cargos nos ministérios em troca de votos contra o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
“A presidente da República, ao abrir esse balcão de negócios, está se preparando para deixar o governo pela porta dos fundos”, afirmou
Aécio Neves disse considerar que a defesa da presidente feita ontem, pelo Advogado-geral da União José Eduardo Cardozo, não respondeu sobre o crime de responsabilidade cometido no pagamento de despesas do governo com recursos dos bancos públicos, lembrando que ele próprio, na campanha eleitoral, cobrou respostas da presidente sobre o uso indevido dos bancos.
“Ontem, na Comissão do Impeachment, o chefe da AGU, ministro José Eduardo Cardozo, disse que não houve dolo, não houve intenção da presidente da República. O que quis dizer o ministro José Eduardo Cardozo? Que a presidente da República é incapaz de saber de saber a extensão dos seus atos. Eu, próprio, em um dos debates eleitorais, disse à presidente da República das pedaladas. Que ela estava utilizando os bancos públicos para pagamento de obrigações do Tesouro. Ela virou de costas. Ela sabia o que estava acontecendo”, afirmou Aécio Neves.
A presidente Dilma deu uma breve entrevista coletiva, após Visita à aeronave KC-390 da Embraer, nesta terça-feira.
Ela foi perguntava se o MEC poderia entrar nessa discussão de cargos.
“Não, o MEC não está em questão. Eu acredito que vocês têm de ter cuidado porque as especulações que fazem sobre ministérios, sobre mudanças no governo, são absolutamente isso que eu disse, especulações. Sem base na verdade, sem consulta ao Palácio, isso não é bom jornalismo. Isso é um jornalismo especulativo que cria no País um tipo de clima e instabilidade extremamente nocivo, transformando factóides em realidades. Factóides. Eu lamento muito. Isso tem ido desde a minha saúde, desde a minha saúde, até a mudanças na estrutura de governo. Então, por favor, a gente tem de se pautar por um grande realismo. E o realismo significa o seguinte: notícias verídicas.”, declarou.
Dilma também foi questionada sobre a expectativa do Palácio do Planalto, de fazer a repactuação da Esplanada agora ou depois da votação do impeachmente.
“O Palácio do Planalto não está pretendendo transformar qualquer reestruturação ministerial antes de qualquer processo de votação na Câmara. Nós não iremos mexer em nada atualmente”, informou.
Ela negou até que o espaço do PMDB fosse ser reduzido. “Eu estou dizendo que o governo não está avaliando nenhuma mudança hoje, nenhuma.”
Dilma comentou ainda a proposta do senador Valdir Raupp, de fazer eleições gerais em outubro. “Meu querido, eu acho que essa proposta, como várias outras… São propostas. Nem rechaço nem aceito. Eu acho que é uma proposta. Convença a Câmara e o Senado a abrir mão dos seus mandatos. Aí vem conversar comigo”.

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