Viagem que havia sido cancelada voltou ao radar do Planalto; intuito seria denunciar o que a presidente tem chamado de 'golpe'
O Estado de.Paulo- Tânia Monteiro e Gustavo Porto
O governo dedicou parte da segunda-feira, 18, para desenhar estratégia de reação ao impeachment e tentar reverter a situação no Senado. Nesta terça-feira, 19, a presidente Dilma Rousseff teria discutido com auxiliares, inclusive, a possibilidade de ir a Nova York para participar da Cerimônia de Assinatura do Acordo de Paris sobre Mudança do Clima, na Organização das Nações Unidas (ONU), que ocorrerá na próxima sexta-feira,22. Segundo interlocutores, a presidente pretende usar a tribuna internacional para denunciar o que chama de "golpe", com relação ao processo de impeachment em curso no Senado.
Na semana passada, a viagem dependia da não aprovação do processo de impeachment na Câmara no último domingo, 17. Com a derrota, a viagem foi suspensa, mas agora, com a estratégia de uma superexposição de Dilma para denunciar o que ela chama de "golpe", a presidente voltou a discutir o assunto com seus auxiliares, sem ainda uma decisão definitiva.
O chamado "escalão avançado" com seguranças e diplomatas, que prepara a visita da chefe de Estado, deve chegar a Nova York nesta quarta-feira, 20. A ida do séquito de Dilma, no entanto, não significa que a viagem está definida. A ideia é que a presidente embarque nesta quinta-feira, 21, e volte no sábado, 23.
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