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Dilma vai hoje ao Congresso: ignora como será recebida


A presidente Dilma Rousseff decidir ontem à noite com os ministros palacianos ir ao Congresso Nacional nesta terça-feira para ler a mensagem de abertura do Ano Legislativo. A decisão surgiu após consultar os ministros Jaques Wagner (Casa Civil) e Ricardo Berzoini (Governo). Ela própria dá as últimas pinceladas no discurso que fará ao lado do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Antes da decisão, os ministros se penduraram aos telefones para garantir a presença em peso da base governista no plenário.
A presença da presidente da República pode ser um divisor de águas na sua atual situação junto ao Legislativo. Ela aparece em cerimônia pública nesta terça após se ausentar hoje na tradicional abertura do ano do Judiciário – onde, aliás, seu desafeto Eduardo Cunha passou uma calça-justa ao ser colocado pelo cerimonial ao lado do procurador-geral Rodrigo Janot, que pediu sua cabeça ao Supremo Tribunal Federal.
Janot nem o citou e causou mais comentários. À saída do STF, à Coluna Janot explicou que citou “apenas presidente de poderes''. Ou seja, na sua opinião, Cunha está apeado do cargo, embora ministros estejam divididos veladamente sobre o caso.
Dilma aparece na sede de um Legislativo ainda incógnito sobre sua performance. Até a base governista está rachada a respeito do Planalto. Há meses os ministros Jaques Wagner e Berzoini têm trabalhado diariamente para conquistar o apoio incondicional de parlamentares independentes e dos próprios 'aliados' a fim de conquistar “300 deputados fiéis'' – o termo que se usa no Planalto – para barrar o processo de impeachment da presidente.
Aliás, a tropa do Planalto atua para minar o processo ainda na esperada comissão especial que vai decidir sobre a abertura ou não do processo de impedimento. A presença de Dilma nesta terça, frente a frente com os algozes e aliados, é estratégia para mostrar que ela não está acuada. (Leandro Mazzini)

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