Pular para o conteúdo principal

Vitória de Picciani dificulta situação de Cunha na CCJ

Líder do PMDB deve indicar adversário do presidente da Câmara para comandar comissão
De O Globo - Eduardo Bresciani e Júnia Gama
A vitória de Leonardo Picciani na eleição para líder do PMDB deve causar problemas para a defesa do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na tramitação do processo que pede sua cassação. Picciani deve indicar para presidir a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) Rodrigo Pacheco (MG) ou Sérgio Souza (PR), ambos adversários de Cunha. Cabe à CCJ analisar recursos de Cunha sobre a tramitação do processo em andamento no Conselho de Ética. Para evitar perder o comando de comissões, o presidente da Câmara tem ameaçado apoiar candidaturas avulsas.
A CCJ foi presidida em 2015 por Arthur Lira (PP-AL), aliado de Cunha. A confiança de Cunha no sucesso de recursos seus à comissão é tamanha que sua defesa pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que paralise o processo no Conselho de Ética até que a CCJ decida sobre um recurso que pede o direito de apresentar uma nova defesa prévia devido à troca do relator no Conselho.
Pacheco é advogado de formação, está em seu primeiro mandato e é tido por deputados da bancada mineira como um dos mais distantes de Cunha. Souza também está no primeiro mandato, mas foi suplente de Gleisi Hoffmann (PT-PR) e ocupou o mandato de senador entre junho de 2011 e fevereiro de 2014. O deputado paranaense até contou com o apoio do presidente da Câmara para assumir a relatoria da CPI dos Fundos de Pensão, mas recebeu recados durante as articulações da eleição de líder do PMDB que poderia ser destituído da função por Cunha caso mantivesse apoio a Picciani. Ele ignorou a ameaça e continuou ao lado do líder reeleito.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Mapa das facções em presídios brasileiros

'Fi-lo porque qui-lo': aprenda gramática com frase histórica de Jânio Quadros

FI-LO PORQUE QUI-LO                       Vamos lembrar um pouco de história, política e gramática?                     O ex-presidente Jânio Quadros gostava de usar palavras difíceis, construções eruditas, para manter sua imagem de pessoa culta. Diz o folclore político que, ao ser indagado sobre os motivos de sua renúncia, em 1961, teria dito: "Fi-lo porque qui-lo".                     Traduzindo para uma linguagem mais acessível, mais moderna, ele quis dizer "fiz isso porque quis isso", ou, simplificando, "fiz porque quis".                     Esse "LO" nada mais é que o pronome oblíquo "O", que ga...

Vimos ou viemos à reunião?

Nós VIMOS ou VIEMOS à reunião? Muita gente tem dúvida na hora de flexionar o verbo VIR. Quer um exemplo: Como você diria: “Nós VIMOS ou nós VIEMOS à reunião?” A resposta é: depende. Sim, depende do tempo a que nos referimos. A forma VIMOS é do presente do indicativo. Por exemplo:  “VIMOS, por meio desta, solicitar..." (o verbo VIR está na 1ª pessoa do plural, no presente do indicativo); A forma VIEMOS é do pretérito, do passado. Exemplo: "Ontem nós VIEMOS à reunião." (o verbo VIR está também na 1ª pessoa do plural, mas desta vez no pretérito perfeito do indicativo). Muita gente evita usar o presente, porque a forma VIMOS é, também, o passado do verbo VER: "Nós o vimos ontem, quando saía do escritório".  Para não ter dúvidas sobre qual é o verbo que está sendo usado (o VIR ou o VER), ponha o verbo no singular. Veja: “VENHO, por meio desta, solicitar...” (essa é a 1ª pessoa do singular, em vez de VIMOS, 1ª do plural); “Eu o VI ontem, quando saía do escritório” (e...