O governo Dilma Rousseff confessou ontem que não tem mais compromisso com um ajuste fiscal rigoroso. Na prática, avisou que a União poderá ter novo rombo de quase 1% do PIB (Produto Interno Bruto).
É um discurso diferente do que era feito há cerca de dois meses, quando Joaquim Levy caiu. O governo dizia que manteria o compromisso com o rigor fiscal.
O lado positivo do anúncio é uma visão mais realista em relação ao tamanho da recessão e à queda na arrecadação de impostos. No entanto, é mais danoso ao país arrastar soluções para a crise por mais tempo.
As medidas de controle dos gastos públicos no médio e longo prazo, anunciadas pelo ministro Nelson Barbosa (Fazenda), merecem ser debatidas com atenção. São necessárias. Mas elas dependerão de um Congresso hostil ao governo. (Blog do Kennedy)
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