Leandro Mazzini - Coluna Esplanada
Repercute muito mal ainda hoje entre grãos diplomatas, e tratada sigilosamente, a atitude intempestiva da presidente Dilma Rousseff com o chanceler Mauro Vieira. Há poucos meses ela deixou o chefe do Itamaraty falando sozinho ao telefone.
O ministro telefonara para explicar a importância de ela conceder o agreement ao embaixador da Indonésia em Brasília, Toto Riyanto.
Dilma ouviu calada por mais de dez minutos as explanações cautelosas do chanceler e, ao fim, soltou: “Já terminou, Mauro?''. “Sim, presidenta'', respondeu. E ela concluiu com palavras impublicáveis, batendo o telefone.
O embaixador Riyanto ficou na geladeira do Planalto por causa da execução dos traficantes brasileiros Ricardo Gularte e Marco Arche, pelo governo indonésio. Dilma não aceitou a situação, porque apelara ao governo do país asiático.
Só no dia 4 de novembro passado, dias após o polêmico telefonema, a presidente concedeu o agreement ao indonésio, junto a outros 21 embaixadores em Brasília.
Atualização quarta, 3, 18h23 – Procurada, a assessoria do Itamaraty enviou nota por e-mail às 16h50 resumindo que não tem conhecimento do caso. A Coluna reforça o publicado, de acordo com fontes próximas ao ministro ouvidas.
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