Mônica Bergamo - Folha de S.Paulo
A crise de imagem por que passa Lula está transbordando para a sua equipe direta. Crescem as divergências, no instituto do ex-presidente, sobre as estratégias que devem ser seguidas para o que é considerado por eles um embate jurídico, mas, acima de tudo, político e midiático.
A conduta quase exclusiva, adotada até agora, de enfrentamento permanente com a mídia, por exemplo, é considerada por alguns um equívoco. E defendida enfaticamente por outros, num evidente racha entre os lulistas mais próximos do ex-presidente.
A ideia de que o advogado Nilo Batista extrapolou de sua missão jurídica ao atacar os "coxinhas" numa entrevista à Folha é compartilhada também por pessoas próximas de Lula. Um dos assessores disse ao ex-presidente que ele deveria conter Batista, que não poderia emitir juízos políticos em seus posicionamentos.
Segue também a ideia de que Lula precisa de um porta-voz de envergadura política. Nelson Jobim, já cogitado, teria um impedimento: ele dá consultoria a empreiteiras envolvidas na Lava Jato.
Já na área jurídica há consenso. A incorporação de profissionais renomadoscomo José Roberto Batochio e Alberto Toron à equipe de defesa no caso do sítio que Lula frequenta em Atibaia foi feita de comum acordo com os advogados que já representavam o ex-presidente.
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